A escritora Marina Colasanti, escreveu ao final de Eu sei, Mas não Devia, as seguintes palavras:
…A gente acostuma
Para não se ralar na aspereza,
Para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas,
Sangramentos,
Para esquivar-se da faca e da baioneta,
Para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida
Que aos poucos se gasta
E que, gasta,
De tanto acostumar,
Se perde de si mesma.
Muitas são as coisas com as quais não devíamos nos acostumar, e uma delas seria não aceitar “ser menos”. O processo de aceitação e valorização de si mesmo é fundamental para o crescimento individual – a isto chamamos auto-estima.
Em algumas situações é preciso superar muitos obstáculos que minam a auto-estima, e que se situam nos ambientes nos quais circulamos, nos preconceitos que enfrentamos, no favorecimento de alguns em detrimento dos outros, antes mesmo de se situarem em nós…
Às vezes, a gente se acostuma – não devia, mas se acostuma!
As palavras de Marina Colasanti refletem uma realidade conhecida, e é por conta desta realidade não justa, é que algumas ações precisam ser desenvolvidas.
Parabéns àqueles que, além da percepção sobre o fato, tiveram a iniciativa de propor o projeto Levanta Cabeça:
As histórias de superação contadas neste projeto merecem ser ouvidas.
Que outras mais se tornem públicas!